Mais de 1 mil jovens de 42 municípios do Estado do Rio de Janeiro participaram da 2ª Conferência Estadual da Juventude, realizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), por meio da Superintendência de Políticas de Juventude (SuPJ), nos dias 28, 29 e 30 de outubro, no Circo Voador. O encontro teve por objetivo discutir políticas públicas para a juventude no estado, bem como as propostas para a Conferência Nacional, que será realizada de 9 a 12 de dezembro, em Brasília.
“A presença desses jovens aqui, em uma sexta-feira à noite, confirma que estamos no caminho certo, demonstra que a juventude do Estado do Rio de Janeiro quer assumir para si a responsabilidade com suas políticas públicas. Mas ainda é inaceitável politicamente que mais da metade dos municípios do estado ainda não tenham uma coordenadoria, um conselho de juventude. Os frutos dessa conferência precisam irradiar para todo o estado para que na próxima conferência tenhamos a participação de todos os 92 municípios, porque é dessas discussões que vamos fazer o país avançar nas políticas para a juventude, que perpassam todas as outras políticas, como a erradicação da pobreza, do trabalho escravo, o acesso à Universidade, ao Ensino Técnico, o direito à diversidade sexual, a afirmação das manifestações culturais da juventude, como o Funk, dentre outras”, disse o secretário Rodrigo Neves na abertura da Conferência.
A secretária nacional de Juventude da Presidência da República, Severine Macedo, também participou da mesa de abertura da conferência e destacou a importância do encontro.
“A 2ª Conferência Nacional de Juventude é um momento de comemoração. A 1ª Conferência, realizada em 2008, reuniu mais de 10 mil jovens de todo o país, em um momento de reafirmar suas maiores pautas. Uma conferência é a expressão máxima de participação da juventude na construção de suas próprias políticas. Com a Conferência de 2008 revertemos a perspectiva da juventude como problema social. Nesta 2ª Conferência, que terá a participação de 1000 municípios queremos reafirmar o papel do jovens no desenvolvimento do Brasil, vivemos o ápice da população juvenil no país. O Rio tem avançado nas políticas para a juventude com a implantação dos Centros de Referência da Juventude (CRJ) e o Renda Melhor Jovem. Com essa Conferência o Rio está dando passos concretos na consolidação da políticas da juventude. Queremos sair da Conferência Nacional construindo o Plano Nacional e o Estatuto da Juventude", avaliou Severine.
O superintendente de Juventude, Alan Borges, ressaltou que a participação de 42 municípios na Conferência Estadual já é uma vitória.
“Na última Conferência tivemos a participação de apenas quatro municípios, hoje temos aqui 42 municípios representados, sendo que alguns deles ainda não contam com uma coordenadoria de juventude ou conselho, mas que estão demonstrando vontade política de iniciar políticas para a juventude, que é uma prioridade para o Estado do Rio de Janeiro. A meta desta Conferência é elaborarmos o Plano Estadual de Juventude, que garanta o desenvolvimento que queremos para o nosso estado", falou o Alan Borges.
Já o presidente do Conselho Estadual de Juventude, Rodrigo Abel, trouxe a nova divisão dos royalties para a discussão.
“Para além das políticas públicas, a construção do Estatuto Estadual da Juventude, temos que trazer para esta Conferência o debate sobre a divisão dos royalties. Essa Conferência precisa tirar uma posição clara que deve ser levada a Brasília, porque é dos royalties que o Rio tirar recursos para o investimento em educação, saúde, no futuro do nosso estado", destacou Abel.
Representante de Macaé, na Região Norte Fluminense, a estudante de Direito Camile Fonseca, de 21 anos, avaliou de forma positiva as atividade da Conferência.
"A iniciativa do Governo do Estado de querer discutir políticas públicas para a juventude é muito bacana. Participei de um debate sobre Segurança Pública que foi bastante produtivo, por exemplo. O que esperamos é que as políticas públicas que foram levantadas aqui sejam de fato colocadas em prática”, contou Camile.
Já a representante da comunidade do Jacaré, na Capital Fluminense, Larissa Santos, de 13 anos, gostou das discussões sobre Homofobia.
“Achei a Conferência muito boa. Gostei bastante da oficina sobre Homofobia, fiz inclusive uma camiseta sobre o assunto. Também participei de uma discussão sobre educação e de várias atividades culturais. Gostei muito", falou Larissa.
Durante a Conferência Estadual foram eleitos 100 delegados que participarão na etapa nacional.